Aparência
Angelinna não é alta, seus fios são escuros, ela é esguia e mantém seu corpo em forma com atividades físicas, apesar dos desejos de sua mãe de se concentrar apenas na Medicina, artes e a arte de governar. A rainha possui lábios finos e pele delicada e apesar de sua baixa estatura, é imponente e expressiva com sua face. A voz possui um timbre delicado e agradável de se ouvir, mas torna-se alto quando irritada e falante do idioma ancestral de seu Reino.
Personalidade
Dedicada a seu povo, Angelinna, ou como gosta de ser chamada por aqueles que tem intimidade consigo, Angie, ela é determinada e decidida, sabendo exatamente o que quer, correndo atrás do que deseja, sempre. Dizem que a rainha de Neritheas possui um coração de gelo, pois nunca é vista em público com inúmeros sorrisos sinceros, mas sempre um sorriso sorriso cauteloso, o que passa bem longe da realidade. A rainha é gentil, caridosa e leal ao extremo a seus familiares e aliados, mas não a tome por ingênua, pois é a última palavra que poderia ser usada no dicionário para lhe definir. Ela já viu guerras e mortes, por ser uma curandeira treinada pelos curandeiros do palácio e quando não estava ocupada servindo de regente para seu pai, estava nos campos de batalha ajudando a tratar os feridos. A inteligência que ela possui, é um tanto curiosa, pois ela sempre está com um material de leitura quando não está ocupada. É romântica, carinhosa e apaixonada quando o amor a atinge, mas sabe que antes de tudo, seu dever é com seu reino e mataria até mesmo seu verdadeiro amor se colocasse seu povo em perigo. Apesar disso, gosta de receber a atenção e carinho daqueles que ama. Em contra partida, é impaciente, teimosa e pavio curto, gostando de que as coisas saíam à sua maneira e quando deseja, não gostando muito de ser criticada e repreendida, mas está trabalhando isso, pois sabe que precisa de ajuda para guiar seu povo e não pode ter todas as responsabilidades apenas para si e achar que está certa sobre tudo.
História
Nascida em Varis, a capital de Neritheas, Angelinna é a filha mais velha do rei, Edwin, conhecido por ser um renomado capitão da frota neritheana, e da rainha Calliope, uma nobre renomada, filha de um duque do reino conhecido por ser um comerciante reconhecido. Apesar do casamento arranjado, o casal se amava e com o nascimento da herdeira, o reino entrou em uma semana de longas comemorações e oferendas à suas divindades para celebrar o surgimento da nova era.

Desde cedo, não apenas foi ensinada a se defender pelo guarda de confiança de seu pai, a manusear um arco e flecha, adagas e combate desarmado, mas pelos curandeiros do castelo, a jovem princesa aprendia a arte de curar e de tratar ferimentos, quando não estava com sua mãe em suas lições de artes e boas maneiras, ou com seu pai, aprendendo a história de seu país e aprendendo a como governar. Era uma infância solitária, mas as raras visitas de seus primos, os filhos dos irmãos de seu pai e sua mãe, parecia bastar, mas sempre peças eram pregados na pequena Angeoinna que sempre corria para sua mãe ou seu pai, em busca de proteção.

À medida que sua personalidade foi se desenvolvendo e seus ensinamentos de combate e defesa, as pegadinhas de seus primos ainda existiam, mas dessa vez, a jovem Angelinna revidava e não se deixava ser atingida, vez ou outra, dando soco em seus primos. Se tinha algo que ela gostava de fazer que enfurecia a  senhor a sua mãe, era sair escondida pela cidade e ajudar a tratar pessoas doentes, a Medicina e cura era uma das paixões da jovem princesa que buscava ajudar quando podia de alguma forma. Quando fez doze anos, sua primeira menstruação ocorreu e assim, os pretendentes à sua mão, começaram a ser enviados.

Angie não tinha muito interesse em se casar, acabando por pedir para seu pai que dispensasse os pretendentes, pois apesar de ser uma princesa, ela ainda tinha certas crenças no amor e gostava de acreditar que ainda acharia o seu.

Aos seus dezesseis anos, uma guerra eclodiu entre ducados em Neritheas e a jovem teve de servir como regente, após seu pai decidir comandar as tropas pessoalmente e aquele período foram os meses mais demorados e longos da vida da princesa, que percebeu que assumir o trono de seu lar era uma responsabilidade maior que imaginava, o que fez com que assim que a guerra acabasse, Angelinna fugisse do palácio, ficando desaparecida por alguns dias, até ser achada por seu pai, que acolheu a assustada herdeira, acalmando-lhe, com a certeza de que ela estaria com os deuses e ajuda sempre que precisasse, ao assumir o trono. A jovem pediu também, permissão para poder auxiliar os feridos nos campos de batalha, levando consigo um soldado para lhe proteger.

A contra gosto, o rei de Neritheas cedeu ao desejo da filha, que começou a ajudar em pequenos conflitos pelo território de Neritheas e aos curandeiros do castelo.

Não demorou muito para a próxima guerra acontecer, dessa vez, dois anos, mas foi uma guerra com um reino inimigo que durou quase um an e aquele período no campo de batalha para a princesa de Neritheas foram o suficiente: ela viu morte, pessoas estripadas e mães chorando por seus filhos perdidos, ou mesmo mortos e seu coração doeu, então quando voltou para casa após a guerra, dedicou-se mais ainda a projetos de caridade e de auxílio ao povo, queria garantir que ao menos as crianças em casos de invasão à capital, ficassem seguras e decidida a se dedicar mais às lições sobre como governar.

Aos seus dezenove anos, ela já representava o pai em eventos oficiais pelos reinos e era uma reconhecida curandeira, ver uma princesa herdeira num campo de batalha era incomum, o que lhe rendeu a alcunha de A Flor da Vida, por sua beleza e a ajuda que presta a ambos os lados, seja aliado ou inimigo. Foi um período onde atentados contra sua vida aumentaram e após uma viagem onde quase foi morta, por ordens do rei, acabou ficando reclusa pelo resto do ano até os responsáveis serem capturados, o que ocorreu na metade do ano seguinte, onde exigiu novamente seu direito de ir em vir, em tarefas reais e auxiliar os feridos.

O decorrer dos anos seguintes foram tranquilos, com apenas revoltas internas, mas algumas pragas de doença e fome acabaram por atingir o reino e como conseguiu, a princesa ajudava seu povo e dando ordem aos soldados e curandeiros, quando necessitava. Os pretendentes para seu casamento, acabaram retornando, mas dessa vez a comando de seu pai, mas nenhum lhe interessava ou beneficiava na questão que se referia a assumir o trono de Neritheas futuramente. Até que uma tragédia aconteceu, aos seus 24 anos: Verity Havilliard, a rainha amada, acabou sendo brutalmente assassinada. A vingança do rei foi cruel e os responsáveis foram mortos no que é conhecido até hoje como As Decapitações da Rainha.

Após as decapitações, Edwin Havilliard acabou afastando-se pelo luto, deixando que sua filha assumisse as responsabilidades como sua regente e isso não agradou muito a jovem, que tinha como seu mecanismo para lidar com a perda de sua mãe, ajudar o máximo de pessoas possíveis, não gostava de ficar no palácio, lembrava-lhe sua mãe e a única coisa que fazia, era chorar. Aquele foi seu pior período de regência, pois além de ter de lidar com uma praga de fome, viu seu pai lentamente se afundar no álcool e na tristeza.

Ao passar dois anos da morte da rainha, uma nova tragédia acolheu Neritheas, seu rei, Edwin Havilliard acabou tirando sua própria vida. Não conseguia lidar com a perda da esposa e não queria seguir sem ela. Rumores dizem que o antigo rei jogou-se no mar, da Torre mais alta do castelo e canções foram feitas para homenagear o amor dos reis antigos e o luto que acolheu Angelinna foi imenso, pois agora, ela era a rainha.

Sua coroação ocorreu três semanas após o funeral de seu pai e a comemoração da morte de sua mãe, na Capela de Visenya, onde foi coroada a Rainha de Neritheas, dos mares e dos domínios além mar. A alcunha de A Flor da Vida, passou para A Flor de Neritheas, pois agora suas viagens para auxiliar os feridos foram completamente paradas e ela acabou arrumando um espaço particular para cuidar dos doentes e feridos longe do palácio, onde usava um nome falso. Era terapêutico, podia escapar um pouco de sua realidade:

Uma nação, um casamento que devia ocorrer para garantir segurança e estabilidade e sua coroa.