Beatrice é uma mulher séria que sabe o que quer e não se importa de correr atrás de seus objetivos. Sendo filha de um líder da máfia italiana, a família Cassano, sempre foi criada naquele ramo, aprendendo a manusear armas e a trabalhar nos negócios de sua família. É gentil, educada e simpática em vias de necessidade e adora ajudar necessitados, mas não a tome por ingênua. Sendo graduada em Direito, ela conquistou o posto de advogada da família, assim que se formou, mas não foi nomeada a consigliere da família por um simples problema: os mais antigos e conservadores não queriam una mulher com um posto tão alto, mas todos a chamavam pelo posto que deveria ser seu, afinal muitos sabiam da dedicação da Cassano. É tão impiedosa e calculista quanto qualquer lembro masculino da organização e não hesita em matar alguém se for preciso para conquistar seus objetivos, mas segue fielmente os princípios de não machucar crianças e mulheres, a ultima apenas quando está sem opções, com a permissão do pai.

Beatrice não é alta, seus fios são escuros e ela geralmente fica com eles em um tamanho longo e raramente, corta-os e tinge seus cabelos para um tom mais claro. Por ser uma advogada e constantemente ter de ir ao tribunal, é acostumada à maquiagens leves e roupas formais, então ela usa do salto alto com frequência, ela mantém seu corpo em forma com exercícios e por conta da ligação com a família, os exercícios a fizeram ser forte fisicamente, tendo um conhecimento de luta e de manuseio de armas de fogo.

Bernardo Sartori Cassano era um homem bem-sucedido: líder da organização mafiosa e criminosa da cidade de Milão, organizando sua família e os associados, para conseguir concentrar uma quantia de poder e de recursos, mas ele não tinha um herdeiro, era um desejo que tinha de ser pai e em uma viagem aos Estados Unidos para uma reunião de negócios, acabou por se envolver com Vênus, a deusa romana do amor, que avisou tudo ao mesmo, os riscos que seriam inevitáveis de uma criança fosse gerada, mas ele não se importou. Bernardo protegeria a criança como pudesse. Poucos dias depois, antes de retornar à Itália, a deusa lhe avisou para se preparar, ela estava grávida. Uma criança viria. Em casa, estudou tudo o que pôde sobre mitologia greco-romana, chamou aqueles que soube ser semideuses, descobriu que já havia alguns em sua equipe e pediu ajuda: proteger a criança que teria, seria prioridade.

Após nove meses, um cesto foi deixado na porta de sua casa, junto a uma carta. A carta era de Vênus que explicava que a criança no cesto era seu filho e era uma menina. Por mais que ele esperasse um menino, não ficou desapontado ou sequer frustrado, o sorriso de Bernardo por finalmente ter um herdeiro, era maior e faria com que todos aceitassem sua menina como sucessora, mesmo que tivesse de matar todos, era a princesa Cassano, a criança mais protegida da Itália e mais amada por seu pai. Já seu tio, Alonzo, não gostou muito daquele fato, pois, sua posição para sucessão da organização foi comprometida. O bebê foi batizado de Beatrice Carina Sartori Cassano, em homenagem às mulheres mais importantes de sua vida: as bisavós. Eram mulheres formidáveis para Bernardo, que cresceu ouvindo histórias da sobrevivência de ambas na época da Segunda Guerra Mundial e a Itália comandada por Mussolini, era a força feminina pura.

A infância de Beatrice foi boa, ela foi criada para ser a sucessora daquela família, no dia que seu pai falecesse, mas também aprendeu a lutar e se defender desde cedo, por conta da frequência dos ataques de monstros que era grande e a menina já tinha ciência de seu sangue semidivino, mas evitava sair de cada sozinha. Estudou nas melhores escolas especializadas em crianças com TDAH e dislexia que fosse possível para seu pai a colocar, enquanto ele mesmo a ensinava a manusear armas e a gerenciar os negócios. Suas notas eram boas e pela beleza que ela tinha, ela era popular e muitos de seus pedidos eram obedecidos, mas aquilo não agradou muito Bea que se sentia uma boneca, pois muitos vinham até si por conta de seus poderes de sua mãe ou simplesmente em busca de contato e facilidades por causa da influência de seu pai, então amizades foi uma coisa que ela nunca teve e não lhe fazia falta, para ser justa, a organização e os empregados eram a única amizade que precisava.

No ensino médio, foi o período de experiências de Beatrice, onde ela começou a ser iniciada nos negócios da família, organizando operações pequenas, reuniões de trabalho e lidando com interrogatórios ou alguns assassinatos. Apesar da pouca idade, ela conseguia lidar bem com aquilo, enquanto ela tinha aulas de equitação, por conta do cheiro dos estábulos a ajudar com o perfume semidivino, ela buscava se envolver em coisas brutais e de odor ruim para lhe auxiliar, mas nem sempre era possível, um ou ataque de monstro sempre vinha e ela tinha de se proteger e tentar matar aquelas aberrações o que não era nada fácil, mas ela sabia se virar e ferir brutalmente aqueles horrores que tinha de cuidar desde sua infância e para sua sorte, seu pai em suas pesquisas sobre a mitologia, lhe dava breves explicações sobre como poderia deter, como pontos fracos e similares.

O período da faculdade foi interessante, já que ela escolheu se graduar em Direito, na Universidade de Milão. Ela foi uma aluna exemplar, sempre tendo ótimas notas e especialmente sendo reconhecida por seus trabalhos. Mesmo naquele período, a jovem era reconhecida pela organização familiar por sua excelente maneira de conduzir negócios e por ser dedicada à sua profissão, de advogada, fazendo com que ela se tornasse a primeira mulher na família a ter um posto digno, sendo nomeada assim que se graduou, como a advogada oficial da família Cassano, ela podia não ter o registro para praticar a profissão, mas muitos dos conservadores e mais antigos na máfia, viam a dedicação de Bea, aquele posto deveria ser dela, o que não agradava muito Bernardo, queria sua filha como consigliere, sua conselheira e seu braço direito. Tanto que na última reunião para escolher o novo portador daquele cargo, ao sugerir sua herdeira, quase todos da família apoiavam a escolha. Entretanto, a parcela conservadora, de onde vários recursos que os Cassano precisavam, não gostou, fazendo com que Bernardo nomeasse alguém escolhido por eles, entretanto, Beatrice era chamada de consigliere, o posto que todos sabiam dever ser dela, mesmo na frente daqueles que não a apoiavam.

Alonzo Cassano também foi um dos que não gostou da sugestão do irmão, de pôr Beatrice como consigliere da família, afinal pensava que a imprudência da sobrinha poderia destruir a organização e em segredo com seus associados, começou a organizar para eliminar sua parente e assim conseguir o que almejava, a facilidade para possuir o posto de líder da organização , eliminando a sucessora, desestabilizaria a todos, pois, quando o ataque viesse à Bernardo, ele buscsria assumir o cargo, apesar da dificuldade que seria, por Bernardo aumentar sua proteção no caso do assassinato da filha. A primeira tentativa veio após a conclusão da Prova da Ordem da parente, no ano seguinte à sua formatura, onde um atirador estava posicionado para atirar, para o azar de Alonzo, não foi um tiro fatal, foi um numa região do tronco, que acabou não sendo letal. O caos foi instalado e as investigações de quem atentou contra a vida da princesa Cassano teve destaque nacional.

Poucos meses de investigação interna, apontaram para seu tio, Alonzo Cassano como o mandante do atentado, Beatrice se encontrava sentada em sua cama, com uma taça de Pinot Noir em mãos, quando ligou para seu tio. Não demorou muito, para que a jovem tivesse sua vingança planejada.

— Gostou da festa, tio? Consigo ouvir a Donatella latindo na porta da frente. Ah, certo! Peço desculpas em antecipação, pois, sei ser seu carro favorito. — Um barulho de explosão foi ouvido poucos segundos depois. — Eu não te matei à respeito ao meu pai. E essa vai ser a última vez. Não me procure. A próxima vez que você tentar me procurar, o carro vai explodir antes que você possa sair. Eu sempre soube que você não merece o posto de chefe. — Desligou, tomando um gole de seu vinho.

No ano seguinte após os eventos, Beatrice foi enviada por seu pai para ir à Divine Ground, ela deveria iniciar seu treinamento A decisão foi tomada após o aumento de ataque de monstros contra a vida da e não protestou contra a decisão do pai. Na manhã seguinte, embarcou para os Estados Unidos, onde assim que desembarcou, a equipe de escolta que a levaria para a cidade, já a aguardava e a tarefa não seria muito fácil, por mais que ela não gostasse da ideia de ficar longe do pai, a Cassano entendia que as prioridades naquele momento eram ajudar a lhe preparar para sobreviver e lidar com os ataques de monstros de modo mais apropriado. Seria complicado ficar longe da Itália, mas se ela desse sorte, a adaptação para aquele novo país não seria tão difícil. O que teria de se acostumar? Os costumes locais, o fuso horário e as tradições, entretanto, não era muito difícil aquela parte, para sua sorte.

Em boa parte do caminho, os ataques de monstros eram frequentes e Beatrice, por seu prévio conhecimento de combate corporal e certas atividades artísticas, conseguia se desviar e se proteger devidamente, mas sua melhor arma era usar do charme para distrair seu adversário e ela era muito dedicada naquilo. Usava das palavras, de sua beleza para distrair os monstros e os atrasar para que não a atacassem de imediato. A Cassano se virava o melhor possível, já que não tinha meios de matar aqueles monstros e ela podia se virar bem usando das ferramentas que tinha. Era uma pessoa adaptável, lidar com situações inusitadas, clientes complexos e trabalhosos eram sua profissão, era o que significava ser uma advogada, saber trabalhar em ambientes e ocasiões inesperadas e a faculdade tinha lhe preparado bem para aquilo assim como as reuniões e negócios que lidou para os Cassano.

Perto do Colorado, o grupo acabou sendo cercado por ciclopes e preocupada, Beatrice pegou uma das espadas disponíveis e seguiu de maneira impulsiva, até o monstro enfiando diversos golpes e recebendo alguns em troca, em esperança de distrair ou sequer ferir aquelas coisas, pois, sabia que não mataria um tão cedo, mas odiava a sensação de inutilidade e fazer algo era algo que ela estava certa. Seu impulso feriu gravemente alguns dos monstros, debilitando-lhes o bastante para ficar fácil de os matar, entretanto, para o azar da jovem que se encontrava esgotada daqueles embates impulsivos, feito num quase surto de adrenalina, a italiana acabou sendo atingida por uma pancada forte nas costas que lhe deixou inconsciente, com um ferimento feio na lateral de sua cabeça e um pulso quebrado. Seria difícil para Bea enfrentar uma nova batalha tão rápido, mas se sentia mais útil.

Nas florestas de Divine Ground um novo ataque aconteceu, uma dracaene estava perto do grupo, quando o impulso ato de Beatrice fez a atenção do monstro se voltar para si, quando um flerte da jovem foi solto, fazendo com que pouco tempo depois, uma empossa se juntasse ao oponente já existente e ambas viessem buscar um pedaço dos semideuses. Espadas foram sacadas, um combate foi travado e não se foi prestado muita atenção em quem matou quem ou como finalmente adentraram a cidade, mas o que foi percebido era que Beatrice encontrava-se em uma parte da luta, com o corpo dolorido, sangue saindo de algumas feridas e machucados espalhados pela sua musculatura que eram superficiais, mas uma ferida era a mais evidente. Um corte em uma região do abdômen que sangrava freneticamente. A Cassano assim que notou o sangramento apenas começou a rir baixo.

— Eu não quero morrer na porra de uma floresta! — Soltou, antes de finalmente perder a consciência.

Uma semana se passou após aquele incidente, Beatrice recebeu alta do hospital, descobrindo da enfermeira que estava em Divine Ground, seguindo para a prefeitura, onde se registrou devidamente e fez a testagem de sangue, afirmando sua descendência em Vênus, a deusa romana do amor e da beleza, recebendo uma chave de apartamento para poder se estabelecer. Bea só esperava que aquela tivesse sido uma boa decisão de seu pai.

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