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Dom Set 12, 2021 11:44 am
I am the light and the darkness
Lies or truth I can be both Whatever I choose, so it’ll be Joy or sorrow All this will be me
Quando batidas foram ouvidas na porta do quarto de Allyria, a princesa em primeiro mim, pensou em lhes ignorar, pois, devia ser algo fútil que qualquer um poderia resolver. No momento em que as batidas tornaram-se intensas, a Crochan passou os dedos sobre seu rosto, agora desperta, certa de que não conseguiria voltar a dormir. Com um suspiro, pegou um robe de tecido escuro, colocando sobre seu corpo, para esconder a camisola que usava naquele momento. Assim que abriu a porta, viu a Primeira em Comando e a Segundo em Comando de sua irmã, ambas olhavam para si com uma expressão preocupada. Arqueou a sobrancelha, esperando que algo fosse dito, mas as palavras que ouviu, não eram bem a que esperava.

Sua irmã, nossa rainha desapareceu.” De imediato, a princesa pensou que aquilo tratava-se de uma piada, conhecia sua irmã. Ela nunca seria irresponsável de abandonar seu povo daquele jeito. Um “procurem-na”, escapou dos lábios da Crochan assim que a seriedade àquele assunto foi tomada e entendida por si.

Sem pensar e à frente das mulheres, andava para a sala do trono da fortaleza, onde esperava que guardas e mesmo o Conselho Real já estivessem ali, tomando algumas medidas ou ideias do que ser concretizado naquela situação. Abriu a porta da sala, com as bruxas ao seu lado, mantendo um olhar impassível, por mais que quisesse chorar, ela não podia fazer aquilo. Ainda. Reverências eram feitas em sua presença e com um gesto da mão, a jovem indicou que naquele momento, aquilo era o que menos importava.

Espero que vocês já estejam planejando as buscas por minha irmã. O que já foi decidido? — Questionou.

Mandamos algumas bruxas do Exército Aéreo sobrevoarem os Desertos do Oeste com suas serpentes aladas, alteza. Esperamos achar nossa rainha o mais rápido possível. — Raven, a Primeira em Comando de sua irmã, informou. — Estamos mandando também guardas fazerem buscas pelas florestas e buscas a pé pelo deserto. Estamos também tentando impedir que a informação do desaparecimento se espalhe por outros reinos. — Finalizou.

Quero receber relatórios das buscas sobre minha irmã. Confio que você e Irina tomarão as decisões corretas nesta reunião, mas ficarei presente. — A Crochan mais nova informou, num timbre sereno.

Princesa, tem um ponto que gostaria de pontuar... Se até semana que vem Nyx não for encontrada... — Irina, a Segunda em Comando da irmã a olhou. — Infelizmente, você terá de ascender ao trono. Não podemos ficar sem uma líder por muito tempo. Se os outros reinos descobrirem, especialmente nossos inimigos, aproveitarão para atacar. — Explicou, num timbre pacífico.

Entendo... Falaremos disso após as buscas. — Apesar da expressão clara de desconforto por aquela fala e por mais que odiasse a ideia, sabia que aquele argumento era verdadeiro. Não queria que as bruxas ficassem em perigo. — Até lá, reforcem as defesas da nossa muralha. Quem não estiver envolvida na busca de Nyx, deve ajudar com as muralhas. Temos de nos preparar para as possibilidades. — Informou.

Com um gesto de cabeça que afirmava a compreensão das bruxas mais velhas, deixou que a reunião prosseguisse, guiada por Raven e Irina. Pendeu a cabeça para o lado esquerdo, tomando notas mentais do que acontecia e da situação, especificamente das decisões tomadas ali, não estava mentalmente pronta para ser responsável naquelas decisões tão importantes, ela precisava chorar, sentir o peso da possibilidade de algo ter acontecido com sua irmã. Quando finalmente aquela reunião acabou, Allyria fez o que tanto precisava e segurou, assim que voltou para seu quarto: ela chorou, até cair de sono devido às lágrimas.

Se o período de luto quando perdeu seus pais foi ruim para Lyria, ou mesmo a morte de sua avó, aquela semana poderia ter sido considerada a pior de sua vida: ela mal saía da fortaleza e sempre buscava informações sobre as buscas por Nyx com a influência que atualmente ela possuía e era bastante, mas não cessava sua curiosidade. A única ocasião pública em que saía, era para visitar o Templo da Deusa de Três Faces e rezar pelo retorno da irmã. A última coisa que a Crochan mais nova queria era ascender ao trono, não estava pronta e sabia disso. Era ciente que se a ausência da atual rainha ainda fosse uma situação real, ela teria de assumir o trono até o retorno da parente e isso só de lhe imaginar, dava-lhe dor de cabeça.

A princesa quando não estava presente em alguma reunião, ela se encontrava em frente aos aposentos de Nyx, não se arriscava a adentrar, ainda mais que no decorrer daquela semana, os relatórios não apontavam avanços nas buscas e que não havia sinais de sua irmã. Se continuasse daquele jeito, aquele quarto seria seu e não tinha a coragem necessária para entrar ali. Passou os dedos sobre seus fios, olhando para os jardins, massageando as têmporas, certa de que a sorte não estava a seu favor. Precisava se preparar, não com atividades e lições, para que as chances de ter de assumir a coroa cresciam cada vez mais e estava naquela situação sem sua avó ali, não se impedindo de chorar.

No último dia de busca, Allyria saiu escondida da Fortaleza Crochan. Ela era protegida com mais guardas e vigiada, afinal a última coisa que as bruxas precisavam, era de que sua herdeira e a próxima a se tornar sua rainha, também desaparecessem. Com sua capa vermelha cobrindo seus cabelos, a Crochan não olhava ninguém nos olhos quando esbarrava em alguém e pedia desculpa, antes de se afastar às pressas, até chegar no local de descanso de Manon Bico Negro Crochan. Quando chegou a uma clareira da floresta, onde uma estátua de sua avó ao lado de Abraxos, sua serpente alada, era visível para todos, a mais nova ajeitou seu vestido, sentando-se na grama.

Queria você aqui, vovó... Saberia o que fazer. — Respirou fundo, deixando as primeiras lágrimas caírem. — Posso ter passado horas em aulas, sendo ensinada, mas ninguém nunca me disse que isso é o que menos importa quando você está para assumir um trono. As aulas me ajudam a preparar intelectualmente, para lutar, defender e governar, mas o que prepara o meu psicológico? O que prepara minha mente para isso? As mamães morreram, Nyx desapareceu e pode até estar morta e eu... Terei de assumir a coroa. Quem te prepara para isso? — Riu, tirando uma lágrima do canto do olho.

Ninguém te prepara. — A voz de Irina chamou a atenção de Allyria, que ergueu os olhos para a observar, soltando um suspiro. — Você foi bem, para sair da fortaleza escondida, mas você não sabe ainda quando te seguem ou não. — O sorriso gentil da mulher fez a princesa também sorrir. — Eu não mentirei, Allyria. Assumir a coroa será a coisa mais difícil que fará na vida. Um parto ainda é mais fácil. Ser a rainha significa que cada decisão sua, muda o futuro de todas para o bem ou para o mal, mas não quer dizer que você precisa fazer isso sozinha, o Conselho, eu e Raven as ajudaremos. Não ficará mais fácil, mas você não está sozinha, Allyria. Venha, Raven está te procurando. — A bruxa estendeu a mão para a jovem, que a segurou e se levantou.

Era noite quando Allyria finalmente regressou a fortaleza ao lado de Irina, que ouviu cada uma das preocupações e dúvidas da jovem Crochan, até seguirem direto para a sala do trono, onde Raven as esperava. A princesa tinha eu cabeça erguida, naquele momento, após ouvir da mais velha: “Erga sua cabeça e endireite a coluna, os inimigos sempre estão de olho.” A jovem a medida que entrava, era recebida por reverências e olhos se viravam para sua direção, uma de suas mãos era segurada pela Segunda em Comando, dando-lhe a segurança necessária, mas que não demorou a ser solta. Estudou Raven e o Conselho Real que se fazia presente e todos tinham expressões preocupadas à face.

Lamento informar, princesa. Durante o prazo das buscas não achamos sinal de sua irmã. Precisamos que assuma a coroa, não temos opção. — Informou, diretamente.

Realizem os preparativos então. A coroação deve acontecer essa semana ainda. Não podemos ter esse vácuo no poder por muito tempo. — Allyria cedeu, após um suspiro, com a conversa que teve com Irina em mente.

Depois daquelas palavras, a princesa se retirou dali e deixou que a reunião seguisse e os preparativos pudessem ser feitos.

Na noite anterior da coroação, era esperado que a futura rainha dormisse nos aposentos que seriam seu, mas a princesa não conseguiu, dormindo em seus antigos aposentos. Dois dias: foi o tempo que se passou desde que as buscas estivessem finalizadas, até que os preparativos da coroação fossem finalizados. Naquele dia, Allyria estava acompanhada de sua dama de companhia, Amberlee, que sorria de maneira gentil para si, enquanto penteava seus cabelos. O vestido utilizado pela Crochan era majestoso e bem ornamentado, com tonalidades claras e por cima, repousava sua capa vermelha, que recebeu no dia de sua primeira menstruação. Com os fios presos em um coque, a princesa finalmente estava pronta, após outra capa dessa vez de um tecido mais grosso ser depositada em seus ombros e um buquê de oleandro em mãos, uma flor que habitualmente era natural de desertos.

Com um pequeno grupo de bruxas ao seu redor, a Crochan em uma postura altiva e imponente caminhou em direção à Sala do Trono, onde sua coroação seria realizada: havia ali, mulheres dos diferentes clãs que existiam nos Desertos do Oeste, as matriarcas, líderes daquelas bruxas e algumas pessoas do Exército Real e do Exército Aéreo. Deixando um suspiro escapar, a jovem olhou para o trono que parecia mais pesado do que nunca e mais que desconfortável. Tendo os olhos de Irina e Raven atentas a si, lembrou-se da coroação de sua irmã que havia presenciado, sabia o que fazer. Ajoelhou-se perante ao trono e respirou fundo, apertando o buquê para conter seu nervosismo.

Você, Allyria Bico Negro Crochan, jura respeitar nossas leis mais sagradas, nossas tradições e nossos costumes, usar de seu poder para fazer a justiça se cumprir e nossas leis serem obedecidas, proteger nosso lar e nos guiar, com a bênção da Deusa de Três Faces, oferece todo seu ser, seu corpo e alma aos Desertos do Oeste, oferece seu serviço a nosso lar, assim como suas ancestrais fizeram antes de você? — Raven pronunciava num timbre pacífico, mas alto para poder ser ouvido por todos.

Eu, Allyria Bico Negro Crochan, juro defender nossas leis, culturas e tradições, fazer a justiça ser cumprida, proteger nosso lar e nos guiar com a sabedoria ancestral de nossas irmãs que estão descansando em paz e a bênção da Deusa de Três Faces. Ofereço todo meu ser, meu corpo e minha alma a serviço dos Desertos do Oeste e que a minha vida seja levada se esse juramento for quebrado. — De maneira altiva, as palavras foram pronunciadas pela Crochan.

Que assim seja feito.” A Primeira em Comando pronunciou e a jovem ainda se mantinha ajoelhada, até que foi indicada a se erguer por Irina, que com uma das mãos estendidas, a guiou para se sentar ao trono, segurando o buquê de oleandro que antes a princesa segurava. Em suas mãos, foi depositada a antiga espada de sua avó, Manon Bico Negro Crochan, que simbolizava a coragem para lutar e defender seu povo se precisasse. Um cetro que representava a sua liderança, o poder que ela tinha foi colocado em sua mão livre. Em sua cabeça, a Coroa das Estrelas foi depositada, o que tornava agora tudo mais real: ela era a rainha. Os olhos voltados para si, deixavam Allyria nervosa, mas ela não podia falhar, não agora, quando seu povo mais precisava dela.

Levante-se, Allyria Bico Negro Crochan, rainha dos Desertos do Oeste e Alta Rainha das bruxas. — Irina pronunciou e de imediato, a jovem se levantou, dando poucos passos, para ficar visível para todos. — Reverenciem nossa nova rainha! — Comandou.

Em sinal de respeito, as bruxas ali presente, levaram três dedos a testa. Com um suspiro, a agora rainha manteve um olhar imponente e altivo as mulheres ali presente. Não demorou muito tempo para que a cerimônia fosse finalizada, com cumprimentos e saudações das matriarcas que lhe juravam lealdade. Quando o evento foi finalizado, a rainha foi a primeira a sair, seguindo em direção a seu antigo aposento onde finalmente tirou aquelas vestes pesadas, colocando um vestido mais leve de cores claras e sua capa vermelha. A Crochan olhou aos arredores, com um suspiro. Naquela noite, não haveria reuniões, era algo que decidiu, merecia um descanso após aquele dia festivo.

Um baile ocorreu entre a Corte das Bruxas e para aquelas que não eram membro da corte, um festival foi declarado. A presença da agora rainha, era esperado e ela estava lá. Um vestido majestoso, mas ainda mais leve que o utilizado em sua coroação adornava sua figura e em seus cabelos, a coroa recém-adquirida, repousava. Ela aproveitou aquela festa, bebeu um pouco, sorriu, riu com algumas amigas e conversou com pessoas desconhecidas. Entretanto, nada daquilo era suficiente para aplacar o medo de algo grave ter acontecido com Nyx. Era incerto o destino da parente, mas seu medo era muito maior.

Esgotada, chamou Irina e Raven para a acompanharem, após avisar que se retiraria para seus aposentos, mas que poderiam prosseguir com as festividades.

Convoque todas as bruxas que habitam por Eriela, Wendlyn e as Terras do Sul e fechem os Desertos do Oeste, apenas as bruxas podem entrar, mas não poderão sair até segunda ordem. Não sabemos o que aconteceu e o que levou Nyx a desaparecer, mas não podemos perder mais ninguém. — A ordem, da agora Alta Rainha para Raven e Irina era clara, ambas apenas abaixaram as cabeças, afirmando com um gesto de cabeça, realizando uma reverência, antes de se retirar.

Allyria encarava as portas do antigo aposento de sua irmã e era agora seu, com atenção. Sua coroação apesar de ter acontecido naquele dia, ainda não lhe deu a coragem de abrir aquelas portas, dormiu em seu antigo quarto na noite anterior, mas não poderia manter aquilo para sempre, ela tinha de ser forte. A nova rainha respirou fundo, abrindo as portas de seu quarto, o adentrando e fechou em seguida, para se sentar sobre a cama, observando o teto: agora, ela deveria cuidar dos Desertos do Oeste e pela graça da Deusa de Três Faces, esperava que tudo ficasse bem.

Go on and judge me now I won’t ever waiver
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Ter Set 14, 2021 5:14 pm
what if we rewrite the stars?
A decisão de fechar os Desertos do Oeste, apesar de difícil, precisava ser feita e Allyria tinha ciência daquilo, os riscos do que vinha de fora atingir seu povo, era crescente. Os passos da rainha em direção ao calabouço eram determinados e ela sabia o que devia fazer, o que precisava realizar naquele momento, uma acusação de machucar uma grávida e uma criança, era uma um coisas mais graves que poderia ser feito, seguindo a legislação e tradições das bruxas. A monarca respirou fundo, observando o espaço cautelosamente., descendo os degraus finais até seguir rumo à cela da prisioneira desejada, com uma expressão impassível, não transmitia nem raiva, nem serenidade.

A prisioneira, de imediato Allyria a identificou, era uma Pernas Amarelas, com um suspiro, arqueou a sobrancelha, mas não ficou muito tempo no local, indicando que ela fosse levada à sala do trono, para onde a nobre se dirigiu, com passos pacíficos e delicados, até se ver cercada por Irina, Raven e Amberlee. Poucos minutos depois, após ajeitar a coroa das estrelas sobre sua cabeça, viu a prisioneira ser trazida por algumas das guardas, até que ela foi jogada à sua frente. Com os olhos fixos na bruxa, deixou que Raven se aproximasse de si e explicasse o ocorrido: Kaelynn Pernas Amarelas estava sendo acusada de ferir uma Crochan grávida e sua criança recém nascida, após descobrir que o marido e o pai das crianças a traiu.

Se não fosse a seriedade da situação, Lyria teria rido. Tudo aquilo por um homem...

Conte-me sua história. Fique ciente, que se você mentir para mim, você será executada por mentir para a rainha, especialmente num caso sério como esse. — Advertiu.

Você já sabe, vossa majestade, eu machuquei Aella Crochan e sua filha recém nascida, pois meu marido me traiu com ela e teve dois filhos com ela e eu não soube até recentemente. Pode me executar ou me matar, não é como se fosse importante. Eu queria ter matado todas as duas, a bruxa e sua filha imunda, mas fui presa antes disso. — O riso cínico da Pernas Amarelas incomodou Allyria, mas ela não poderia perder a paciência. Devia manter-se firme.

Eu, Allyria Ewers, Alta Rainha das Bruxas e rainha dos Desertos do Oeste acuso você de tentativa de homicídio e a sentencio à morte. A sentença deve ser executada ainda essa semana. — Decretou em um tom inexpressivo, aproximando-se da Pernas Amarelas, segurando seu queixo com força, para que a olhasse fixamente. — Você cometeu o mais grave pecado, quebrou nossa lei mais sagrada, Pernas Amarelas. Você machucou uma grávida e sua filha. Que a Deusa de Três Faces perdoe sua alma, pois eu não irei. Espero que você sofra em sua morte. — Comentou, com um sorriso ácido, largando a outra de modo arisco, não se importando se a machucaria.

Quando a mulher foi tirada de sua frente, a expressão de Allyria, de indiferença e desprezo, passou para alívio. Era uma das leis mais sagradas das bruxas, seja as Dente de Ferro, ou as Crochan: machucar grávidas ou seus filhos, era um crime severo não importando a natureza que gerou tal ato e ela não poderia discordar daquilo, a raridade de se ter crianças bruxas, fazia-se não apenas necessária aquela proteção, mas imprescindível.  Em uma sociedade matriarcal como a de seu povo, a maternidade era bem vista, era até mesmo algo esperado e considerada uma dádiva. Os olhos da loira passeavam pela sala do trono, até se sentar em seu assento.

Por mais que a monarca quisesse ficar pensando naquela ocorrência, não poderia fazer. Devia pensar nas condições da mãe e da criança, passando os dedos sobre seus fios, estudando a face de Irina naquela momento.

Como está Aella Crochan e sua filha? — Questionou.

A criança está bem, majestade, mas Aella Crochan teve ferimentos graves e nossas melhores curandeiras estão cuidando dela, a criança saiu quase ilesa, pois a mãe a protegeu com o próprio corpo, levando a maior parte dos danos. O marido de Kaelynn não foi encontrado e não se sabe dele. — Explicou Raven, com um suspiro.

Transfira os bens de Kaelynn para Aella Crochan após sua execução, garantam que sua filha esteja sendo bem cuidada enquanto a mãe está sendo tratada e se o pai da menina voltar, não permitam sua entrada de jeito algum, afinal abandonar uma mulher grávida é desprezível e trair sua esposa, é pior ainda. Nada justifica o crime de machucar uma criança, mas traição também não é certo. — Determinou, estudando a Primeira e Segundo em Comando com uma expressão séria.

Com três dedos levados a testa, as mulheres retiraram-se, deixando a rainha apenas com Amberlee ao seu lado, que tinha um sorriso de canto sobre seus lábios, o que fez com que Allyria também sorrisse. Ninguém sabia que o vínculo que as duas tinham, era da mais profunda amizade. Tinha conhecido a Crochan aos seus 8 anos, sendo mais velha que ela por 4 anos e desde que a conheceu, ela a seguia para todo lado e todo momento, pedindo para sua mãe, para que ela pudesse ser sua dama de companhia e desde aquela época, ambas eram inseparáveis e era fácil ver como ambas eram sincronizadas em inúmeros aspectos: a jovem sabia sua posição, mas também nunca se esquecia da sua amizade e a aconselhava, a criticava. Era isso que prezava numa amizade e pelo título que tinha desde seu nascimento, era difícil amizades reais e que não se esperava nada em troca de sua parte, todos sempre queriam algo.

Com um gesto para saírem da sala, chamou a outra, para que pudessem conversar sobre o ocorrido, as opiniões de Amberlee seriam interessantes. Saíram da sala do trono, com um sorriso divertido uma para a outra.

@ the queen of the witches
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Ter Nov 02, 2021 9:12 pm
the night witch
i will be the light For you in the dark
In the memories that went so far away that I can’t reach I’m looking for you again under the blue moonlight countless nights pass And a new days have come But still at the same place The blue moon blossoms  
Quando Abbey chegou em Paris daquela vez, ela tinha vindo à trabalho. Não apenas ela estava representando a empresa de sua mãe a qual administrava atualmente, a Evermore's Choice, como estava indo como a líder das feiticeiras, buscando lidar com contatos e fornecedores mortais de produtos do SPA.

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@ astoriahawthorne
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Qua Jan 05, 2022 5:13 pm
adm rpg
a
A viagem de Berlim para Seul, apesar de cansativa, tinha um excelente motivo. Organizar finalmente, os detalhes do casamento

sub

era uma oportunidade rara de visitar seus pais, sem ser por um periodo curto de tempo, como normalmente ocorria ou mesmo férias. A recepção dos Sadwick e dos Reinhardt foi cheia de abraços, tapas por terem reservado o hotel, mas o que mais lhe chamava a atenção, era as lágrimas de alegria que todos deixavam escapar, quando o motivo da viagem foi revelado. Algum tempo depois, a coreana encontrava-se cansada da viagem, despediu-se dos pais e acabou pedindo para Lisa, para poderem ir ao hotel, para que Selene pudesse descansar e aquele pedido tinha sido atendido, para sua felicidade e de seus músculos.

Quando finalmente chegaram no hotel, apoiou a cabeça sobre o ombro da Sadwick, enquanto esperavam para poderem ir para os elevadores, por conta de algumas cargas que estavam sendo despachadas. Estava um tanto curiosa, seria um evento que seus pais fariam? Não deu muita importância, mantendo um carinho sobre a mão que segurava da noiva. Mesmo distraída, não deixou de prestar atenção quando foi chamada, com uma expressão levemente sonolenta, coçando os olhos, numa tentativa de se manter desperta. Era um hábito da Reinhardt dormir assim que chegava de viagem, para conseguir se acostumar com a diferença de fuso horário, mesmo que uma hora. A foto mostrada no whatsapp da noiva, a deixou confusa, mas só foi compreender, quando viu o contato, era Miranda.

O que? Desculpa, amor, eu não dormi direito no voo e estou com sono. — Admitiu, levemente constrangida por aquilo. — Miranda precisa de ajuda, é isso? Claro que não me importo de ir ajudar ela. Mas volte logo, ou eu busco você pela orelha. — Avisou. Retribuiu o beijo recebido da noiva, vendo-lhe se afastar e sorriu, apesar do sono, iria aproveitar e dormir um pouco.

Assim que Selene conseguiu acessar o elevador, de imediato ela seguiu para a suíte de hotel que havia sido reservada, onde tomou um banho rápido e tirou a roupa pesada que usava, para colocar uma mais leve, colocou seu celular para lhe despertar em duas horas, devia ser o suficiente para que ela descansasse bem. Não demorou muito para o sono atingir a Reinhardt e poucos segundos depois, ela se encontrava dormindo serenamente, abraçada com o travesseiro travesseiro lado, numa tentativa quase que infantil de suprir a falta que Lisa fazia naquele momento. Não iria pensar muito na ausência da Sadwick, era trabalho, não tinha o que poderia fazer, exceto apoiar.

Duas horas depois, o celular de Selene começou a tocar: era o despertador. A Reinhardt coçou os olhos, tateando os arredores, em busca do aparelho, desligando assim que o localizou, se endireitando sobre a cama. Levantou-se, arrumando a roupa de cama para que ficasse devidamente organizada, andando pelo espaço, em busca de Lisa, soltando um suspiro frustrado, vendo que ela não havia voltado. Agora sem sono, sua cabeça conseguia raciocinar melhor, o pedido de ajuda de Miranda lhe vinha a mente, tendo certeza que por ser uma cirurgia complicada, Lili iria demorar, o que a deixou levemente irritada, não pelo trabalho da mesma, afinal não era sua culpa, mas simplesmemte por estar sozinha naquele momento e sequer poderia ligar para ela, a última coisa que precisava era tirar sua concentração de algo importante.

Buscou em seus pertences a mala que continha seu notebook, retirando-lhe, para que pudesse adiantar algumas coisas de trabalho, pediu um suco e alguma coisa para que pudesse comer, sentando no sofá com o eletrônico em seu colo e seu celular do lado, para o caso de receber mensagens dos pais ou mesmo de Lili. Sua concentração estava em um documento que estava lendo naquele momento, parando apenas para atender a porta quando o serviço de quarto chegou. Agradeceu e começou a comer e tomar seu suco, revisando o que precisava e respondendo os e-mails necessários e que eram urgentes: Wendy nunca lhe mandava algo em suas viagens se não fosse necessário. Respirou fundo, sentindo a frustração pelo fato da ausência da noiva ainda ser incômoda, mas foi distraída dos seus pensamentos quando depois de duas horas, recebeu uma mensagem de sua mãe:

"Se arrume, vamos sair".

Não contestou e nem desobedeceria sua mãe. Buscou algumas roupas na mala, guardando seu notebook na case após o desligar, seguindo para o banheiro, onde tomou um banho rápido, fez uma maquiagem leve e arrumou seus cabelos, para colocar um jeans, uma blusa branca eum salto alto avermelhado. Pegou sua carteira, as chaves do quarto e o celular, rapidamente o olhando em busca de mensagens de Lisa, deixando um suspiro escapar. Poucos minutos depois, sua mãe surgiu no local, verificando se não esqueceu nada, a Reinhardt seguiu a mais velha, um tanto curiosa. Imaginava que iriam jantar juntas, o que não era incomum de fazerem quando Selene se encontrava no país.

O que a fez ficar mais curiosa, foi quando entraram num carro, era um tanto incomum, já que sempre jantavam nas proximidades da residência da família, isso quando sua mãe não decidia cozinhar, mas não contestou, talvez dona Elizabeth quisesse algo específico. O trânsito de Seul daquela vez, estava leve, não tinha congestionamento ou qualquer tipo de problema. Às vezes, Selene sentia falta da Coréia do Sul, não iria negar isso, mas naquele ponto, toda sua vida já estava na Alemanha, seu trabalho estava lá e com certeza, a pior mudança seria para Lili naquele país, ainda mais que não tinha terminado sua residência e o processo de graduar-se em Medicina em Seul, não era mais fácil. No momento em que o carro finalmente parou, além de seu pai, viu os pais da noiva ali e aquilo a despertou para a realidade.

O que está acontecendo aqui? — Questionou, preocupada. — Cadê a Lisa, aconteceu algo com ela? — Selene não era pessimista, mas o fato dos sogros estarem ali e a ausência da noiva por quatro horas, deixou a Reinhardt preocupada.

Antes que pudesse abrir a boca para pedir, talvez até exigir que alguém falasse algo, seu sogro abriu a porta do local em que estavam, indicando para Selene entrar. Naquele ponto, Selene sentia medo. Entretanto, aquilo logo passou a cessar, quando começou a estudar o ambiente com mais cuidado, quando viu a presença de Lisa ali, o que lhe fez levar um susto, mas momentâneo, soltando um riso baixo, processando o que tinha acontecido ali. Não apenas sua mãe, mas a noiva tinha mentido para si, para alguma espécie de surpresa.  

Você mentiu para mim. — Foi a única coisa que a diretora de museu conseguiu dizer.

Selene não conseguia entender bem o que acontecia ali, talvez fosse resquício do sono, deixando seu raciocínio mais lento, mas quando se afastou alguns passos da noiva, foi que ela percebeu melhor o que era aquilo: uma exposição. Seus olhos analisavam as peças expostas com atenção, para perceber um detalhe: eram fotos suas. Ali, ela ficou sem palavras e um pouco surpresa, eram fotos que nem sequer imaginava terem sido tiradas, que exibia não apenas seu sorriso, mas quase uma cronologia de seu relacionamento com Lisa, o que a fez ter lágrimas sobre os olhos, mas de alegria. A lentidão do raciocínio logo foi substituída pelo êxtase, sem saber o que falar, como reagir ou como agir, mas aquilo não durou muito, quando as palavras da noiva preencheram o ambiente.

Com os olhos sobre as telas ali expostas, Selene tremia. Ela não conseguia sequer se mexer e sua expressão era alegre, apesar das lágrimas que caíam sobre seu rosto. Lembrava-se claramente do jantar mencionado e o fato de que Lili não tinha lhe respondido depois daquilo, exceto lhe abraçado e lhe beijado. O sorriso invadiu a face da Reinhardt com aquela lembrança, não prestando muita atenção às fotografias, mas sim as palavras que eram ditas. Virou a cabeça para olhar a Sadwick por alguns segundos, mas não conseguiu ficar naquela posição por muito tempo, rindo baixo com as palavras ditas: imaginava o resultado do que sairia se Lisa tentasse pintar e agradecia mentalmente a existência das fotos.

No instante que recebeu o pincel de Lisa, assim que ela se colocou a sua frente, ela quis chorar e desabar de vez, mas não conseguia, a felicidade era maior e não conseguia deixar que suas lágrimas caíssem, queria abraçar a tailandesa e pedir que ela a acalmasse, mas parecia que ela ainda não tinha acabado. A fotografia exibida e que a amada focava, era uma que deixava em evidência o amor que a Reinhardt tinha pelas artes, observando a mesma e prestando dessa vez, a devida atenção na história após secar algumas lágrimas que escaparam. A história era bem conhecida, lembrou-se exatamente de como a noiva tinha ficado. Se recusou a ir para o Museu trabalhar, para ficar ao seu lado, sendo presente apenas em reuniões e Wendy entendia, Lisa era sua prioridade, antes de tudo.

Com sua mão segurada pela tailandesa, os olhos da Reinhardt não conseguiam desviar para nada que não fosse o rosto alheio. A declaração de amor, não a surpreendia, pois a amava de modo tão intenso, que não sabia explicar, não conseguia colocar em palavras e mesmo agir em nome daquela sensação. Observava Lalisa com uma devoção que só tinha para ela, nenhuma pintura ou fotografia conseguia capturar sua atenção de tal forma e a coreana não se impedia disso, ficava em suas paixões, mas a paixão por aquela médica ao seu lado, sempre seria maior. Corou levemente ao receber o beijo sobre sua bochecha, mas o sorriso que tinha em seus lábios deixava evidente a felicidade que sentia naquele momento.

A sensação que aquele ambiente passava, era de familiaridade. Apesar de algumas fotos serem tiradas em momentos que estava suja e desorganizada, ela conseguia sentir em cada uma delas, o amor que Lili tinha por si e sabia que ela tinha atingido seu objetivo, quando ela mencionou o fato de se ver pelos olhos dela, via o quanto ela a amava e o quanto sua felicidade e sua alegria era desejada pela noiva. Com o pincel sendo tirado de suas mãos, seus olhos estavam fixos na Sadwick. Sabia melhor que ninguém que apesar de respeitar sua decisão, Lisa queria que Selene voltasse a expor suas pinturas, sorriu minimamente, quando a mesma finalizou o discurso e a primeira coisa que fez, foi dar um tapa sobre seu braço.

Isso é por você ter mentido para mim. — Resmungou, beijando-lhe em seguida, acariciando sua bochecha em um carinho. — Eu te amo, Lili... Chega a doer, o tanto que eu amo você. Eu pensei em algumas ideias para poder expor minhas pinturas de novo, mas você sabe que eu sou insegura com isso das críticas. Se eu não lidei bem com a primeira, quem dirá com as outras... Eu posso usar um pseudônimo, ou expor de forma anônima, mas eu não quero aparecer em público... Posso deixar minhas pinturas serem vistas pelo mundo, mas não quero o crédito por elas, porque com os créditos, vem elogios, vem críticas e não quero passar por isso de novo. — Comentou, com um sorriso. — Você me trouxe para uma exposição de fotos que você tirou de min... Você merece o privilégio de ser avaliada por Selene Reinhardt, a filha de Elizabeth Reinhardt, fundadora do Museu Ätherisch, não por Selene Reinhardt,  sua noiva apaixonada. — Avisou, com um sorriso de canto.

Daquela vez, Selene deixou suas emoções e o amor que tinha por Lisa, empacotados em uma bolsinha, para que pudesse agir como a renomada diretora de museu que ela era. A cada passo que dava, sem soltar da mão da tailandesa, fazendo-lhe seguir consigo, ela analisava cada detalhe de cada fotografia exposta com cuidado, percebendo um estilo específico entre todas: ou seus olhos, ou seu sorriso era sempre bem visível em cada uma das telas. A sua favorita, profissionalmente falando, era uma que estava abraçada com a noiva, em frente ao Museu d'Orsay em Paris, uma das primeiras viagens que fizeram juntas. As luzes e sombras daquela foto, faziam com que parecia que apenas ambas existissem naquele mundo e aquilo agradou Selene, a diretora de museu.

Como a noiva apaixonada que era, a foto favorita de Selene tinha sido uma que tinha sido tirada segundo suas memórias, após o pedido de casamento, onde a Reinhardt estava abraçada com sua mãe e sua sogra, com um sorriso amplo em seus lábios. Aquela foto, para a apaixonada diretora, refletia as mulheres mais importantes de sua vida, além da noiva, que a apoiariam sempre que precisasse e que a acolheram em todos os momentos. Impedindo-se de chorar com as lembranças, a coreana voltou a sua postura dessa vez, profissional, com um sorriso orgulhoso da noiva, aproximando-se da mesma, segurando sua mão.

Desiste da Medicina, você devia virar fotógrafa. Você tem muito talento com isso, Lili. Profissionalmente falando, você tira fotos melhores que muitos fotógrafos famosos que fizeram exposição no Ätherisch. Você sabe como enquadrar uma foto e como usar as luzes e sombras externas à seu favor. O que é uma excelente qualidade para um fotógrafo. — Explicou, com um sorriso. — Eu, como Selene, a noiva que te ama muito... Droga, Lisa, você podia ter feito artes comigo, ao menos você poderia ficar mais tempo comigo. — Riu baixo, passando seus braços sobre o quadril da mesma, lhe beijando novamente. — Obrigada por isso, amor... — Selene nunca conseguiria exibir por completo sua gratidão.

 Mas ela tentaria.
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