Cassie mordeu o próprio lábio inferior, se ajeitando sobre a cama, analisando a figura de Thomas sentindo o desejo que emanava dele. Andou até o mesmo, sussurrando ao ouvido dele. — Meu pai sabe. Ele sabe que saio para locais assim, eu tenho 19 anos, não sou uma criança. Ele tem Raleigh e Charlotte para bisbilhotar.— Talvez ela não devesse demonstrar que estragar os planos dele era divertido e prazeroso. Porém a mesma nunca iria admitir o que quer que fosse. E manteve o olhar para o mesmo, novamente sussurrando. — Você tem um fetiche, não apenas pelo meu amor. Mas por mim. Você é um maldito fetichista e seu maior fetiche sou eu e por isso, você me deve satisfação, Thomas. — Ela se afastou, e analisou o casaco ali e pensou se deveria ceder. Mas ela queria.

— Admita. Admita que eu estou certa. Porque eu sei que não adiantaria. Não adiantaria de nada eu te mandar a para longe. Você sempre volta. Pode levar três dias, mas volta. E isso de vai e volta me irrita, porque parece que você se distancia e quando volta, volta mais ciumento que nunca. Eu estou cansada disso. — A última parte, ela gritou e a sua maquiagem sempre perfeita ameaçou borrar e manchar o rosto da McCain com lágrimas que queriam sair. — Todos os dias eu ando com a sensação de ser seguida e nem em minha casa eu me sinto segura, e você é quem me dá mais medo, porque eu sei que esconde alguma coisa de mim, mas o mesmo tempo eu me sinto segura. — O medo que Cassandra tinha era um dos maiores. Tinha mais medo do que o fato de o pai poder ser morto. — Eu cansei de você mentindo. E você tem duas opções. Me conte a verdade, ou essa vai ser a última vez que vai me ver. Quem é você, Thomas? Ou será que até mesmo o nome mentiu? — Se Cassandra tivesse coragem, mataria aquele homem, mas nem isso tinha.

O fato incondicional, era que aquele homem era o amor de Cassie, porém ela estava se sentindo traída, magoada e quebrada. Em pouco tempo, ela tinha descoberto mais mentiras  que para outros. Thomas poderia mentir o quanto quisesse, para terceiros. Mas a morena em poucos dias, já tinha aprendido como descobrir quando ele mentia. Quando ele mentia para si, ele sempre olhava para seus peitos por 5 segundos, e olhava para a direita. Para terceiros, ele já estalava o pescoço. Seus olhos o estudavam em busca de qualquer sinal de que ele mentia para ela e cerrou o olhar. Cassandra estava com raiva. Com raiva de que seu primeiro amor, era tóxico. Quanto mais ela o afastava, mais ele a queria, e quanto mais ele a afastava, mais ele a queria. Logo, ela cedeu a algo que ela queria assim que o viu ali. — Que se foda, resolvemos isso depois, porque não importa o quanto vamos discutir, eu vou voltar para você, como uma cadelinha, com o rabo entre as pernas. Me tenha essa noite, porque eu não aguento mais e se eu nunca mais ver você, vou me sentir culpada o resto da vida por não ter tido isso. — Raiva, desejo, necessidade. Era isso que definia a McCain. A raiva pelas mentiras, o desejo que ela tinha, e a necessidade pelo sexo naquele momento. A jovem respirou fundo e abriu o zíper do vestido, tirando ali e tirou suas joias, colocando na bolsa, olhando-o apenas com a roupa íntima, vermelha e sua favorita para isso.